sexta-feira, 10 de maio de 2013
Amor Profano
Aceite, amor! Minha ternura,
Pelo amor que em mim existe
E em mim doma essa loucura
Que talvez nunca sentiste.
Posso dar banhos de amor
Neste corpo alto e moreno,
Deixando que me navegues
Nos respingos do sereno...
Eu te amo entre as estrelas
E entre as flores de jasmim,
O meu remanso é o teu peito
Pulsando dentro de mim...
Murmura em nós o regato
Que entre lençóis serpenteia
Sobre o leito a céu aberto
Recoberto de lua cheia...
Sobre a relva que nos acolhe
Vamos na cavalgada profana
Invadindo os portões do céu
– O destino de quem ama!
Rô Lopes
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