terça-feira, 24 de setembro de 2013



Almas


Alimento da alma
É uma tênue luz que acalma

É a busca incessante de amor
Passando por cima da dor

Alimento da alma
É o encontro de almas com almas

Como o encontro do rio com o mar
Desaguando em águas calmas

Alimento da alma
É fusão da flora e da fauna

Como a alma que dá vida
Como a vida que busca a alma

Assim se alimenta uma alma


Rô Lopes 


Primavera

Chega a primavera
Sorrindo sol no horizonte
Flores se abrindo nos campos
Rosas desabrochando em jardins
Anoitecendo em pirilampos

Primavera...
Maravilhosa em multicores
Nuances de união...
Perfumes...  Amores
Céu de azul anil
Alegria a quatro cantos
Como viço juvenil

Rô Lopes 


Uma Janela

Fez-me prisioneira
e cativa do seu amor.
Minha alma foi
subjugada a sua alma.
Fez tudo que desejou
...
E se foi
Hoje... Solitária
Fico diante das grades
de uma velha janela
para reconhecer o mundo,
vendo a possibilidade de
reaprender a ser feliz!


Rô Lopes


Sussurros...

Você jogou palavras ao vento
O vento sussurrou em meus ouvidos
Soprando seus segredos...
Esvoaçando meus cabelos
Deixando-os em lindo desalinho

Senti feliz em saber que me amava
O vento passou...
Mas deixou cravado na minha alma
Aquela que pra você eu fui
Dessa que hoje eu sou...

Rô Lopes 


Confusa

As listas se confundem com as listras
A esperança com sonhos
E o amor?
Ah! Este foge da realidade.


Rô Lopes



Paixão, terna paixão


Arritmicamente/Celeremente pulsa

O eterno apaixonado /O eternamente apaixonado.

Coração fremente/Coração inquieto no peito.



Rô Lopes e Enemércio de Moura



ou



Paixão, terna paixão


Arritmicamente/Celeremente pulsa

O eterno apaixonado /O eternamente apaixonado.

Coração fremente/Coração inquieto no peito.



Rô Lopes e Enemércio de Moura



Paixão/Terna Paixão

Arritmi_arritmicamente/Célere_celeremente pulsa
O eter_novo apaixonado/O eter_novamente apaixonado
Coração fremente/Coração inquieto no peito.

Rô Lopes e Mércio Moura




Estrela/Luz


Estrela cadente/Facho de luz nos céus

Poeta brilhante/Poetisa amante

Você/chama do amor que incendeia...



Rô Lopes  e Enemércio de Moura 


Estrela/Canção

Recolhi do céu uma estrela/Uma estrela cantante
Que entoava canção de amor/Cantou ao meu coração
Te amo para sempre !/A mais bela canção ouvida...


Rô Lopes/Enemércio de Moura



Dom do Amor//Gostar

Dom do amor/ Um inocente gostar
Ultrapassa/Vai além da
Beleza d ‘alma/Magia da flor!


Rô Lopes e Enemércio de Moura

domingo, 8 de setembro de 2013



Sigo minha estrada...
Flertando com a solidão
Tentando sufocar a saudade

Rô Lopes 



Perdida no tempo
No túnel do quase nada
As horas passam voando
Como pássaros em revoada
Perdida no tempo
No túnel do quase tudo
Você chegou de mansinho
E bagunçou meu mundo
Perdida no túnel
Perdida no mundo

Rô Lopes



Minha dor vibra sem ouvinte
Só uma nuvem testemunha
Lágrimas de saudade


Rô Lopes



Como palhaço sem alegria
Sem circo, sem picadeiro.
Meus sonhos ficaram no tempo


Rô Lopes



Sonhos...


Na vastidão dos sonhos
Onde seixos de tristeza
Misturam-se a lágrimas adocicadas
Como o amargo do mel
Muros intransponíveis de sombras
São nebulosas para novas luzes
Na vastidão das quimeras e vultos...
Na solidão das cruzes

Rô Lopes 

sexta-feira, 10 de maio de 2013




 
Alma em Verso II

Minha saudade
Busca o dorso
Seu corpo
Busca seus olhos
Sua boca
Minha saudade
É insana...
Destemperada louca

Rô Lopes




Céu Sem Estrelas

Entre quatro paredes
Eu... Em silêncio
Olho para o céu
Lajeado...
Sem estrelas...
Sem firmamento
Lágrimas saltitam
Sentimentos reprimidos...
Em rastos antigos

Cada lágrima
Apõe sem direção
Dispersando
Sem se tocarem
Eu chorando até
Pelas minhas lágrimas
Que rolam solitárias
Sem convergir... Sem comoção
E... Ao som das lagrimas
Deixo rolar uníssona
Sem cadência... Lágrimas
Da minha própria solidão

Rô Lopes



Amor Profano

Aceite, amor! Minha ternura,
Pelo amor que em mim existe
E em mim doma essa loucura
Que talvez nunca sentiste.

Posso dar banhos de amor
Neste corpo alto e moreno,
Deixando que me navegues
Nos respingos do sereno...

Eu te amo entre as estrelas
E entre as flores de jasmim,
O meu remanso é o teu peito
Pulsando dentro de mim...

Murmura em nós o regato
Que entre lençóis serpenteia
Sobre o leito a céu aberto
Recoberto de lua cheia...

Sobre a relva que nos acolhe
Vamos na cavalgada profana
Invadindo os portões do céu
– O destino de quem ama!

Rô Lopes




Coração Cativo

Meu olhar permaneceu
Fixo no silêncio do seu olhar
Buscando amor

Após um tempo
Meneou a cabeça

Com um falso sorriso

Assim... Entendi seu adeus...

Mesmo entristecida
E o coração febril
Não desviei meus olhos...

Vi-te partindo
Nas asas do vento
Levando cativo
Um coração de mulher

Rô Lopes

domingo, 5 de maio de 2013


As Pérolas e a Solidão

Choveu pérolas
No pranto dos meus olhos
Onde tentou recolher
Com o perfume
Dos teus lábios

Já sem tempo...

Lágrimas desdobradas
Pelas ranhuras da solidão
Que angustiante teima
Em fazer morada
No silêncio da memória

E onde sombras
Concentram-se na penumbra
De flores que não se abriram.

A solidão ficou...
As pérolas... De tão só...
Nas asas do pássaro sem rumo...
Esvaíram!

Rô Lopes




Não Veja As Cicatrizes
 

Não me olhe pela janela
Nem fique a espreita da minha dor
A mim basta tão-somente o sol
Que mesmo em cortina de chuva
Afaga-me com seu calor

Não me olhe pela janela
Sofro por ter deixado a porta aberta
Sem o bailar da taramela

Não me olhe pela janela
Seus olhos nada mais dizem
São apenas duas asas indecisas
Que no meu céu não mais cingem

Não me olhe pela janela
Não há mais matizes
Somente penumbras de um amor
Em dias secretos e noites felizes!

Não me olhe pela janela
Não veja as cicatrizes

Rô Lopes


Sem Recordar

Eu respiro o perfumar
Das lembranças
Nostalgicamente
Vivas dentro de mim.
Mas...
Não me recordo!

Rô Lopes


Separação

Encontrei-te no meio do caminho
Já bifurcado, seguimos a esmo
Sem rumo sem direção
Com bagagens outras de histórias idas
Tristes... Marcadas...
Juntamos tudo seguindo estrada
Olhando horizonte na contra mão

Por um tempo com meus sonhos,
Fantasias, amor, carinho e sedução
Levei-te aos céus
Ela com pouco amor
Muita sabedoria
Um passado retornando
Trouxe-te de volta ao chão

A ela seu toque... Sua presença
Sua alma... Seu coração
A mim restou tristeza
Continuarei seguindo
Minha estrada
Levando a dor da perda
Vazio... Saudade
Separação

Rô Lopes