Pétalas
do Silêncio
Como
o despetalar das flores ao vento
As
horas passam lentas... Silenciosas...
Meu
quarto – um mundo!
Um
céu de estrelas
espargindo
luz cor de rosa
As
plumas se perderam na imensidão
As
brumas emudeceram
O
sol tornou-se frio de repente
A
lua se escondeu na nuvem de algodão
Os
vaga-lumes comandam a noite
Tem
espasmos de prata no chão
Há
um lago onde os cisnes repousam
Dentro
do meu céu!
Eu
na cama entre cetim rubro
Exalo
perfume como rosas ao léu
Os
pássaros não cantam... Dormitam
A
volúpia tomou conta do ambiente
um
vulto surge na penumbra
Silhueta
misteriosa que mal conheço
Aconchego-me
na brisa carinhosa
a
espera do beijo desejado
O
silêncio cada vez mais lento
Nem
ouço meu respirar...
Foi
ele quem chegou...
Faceiro...
Como
flocos de neve
A
me beijar
Eu...
Uma chama viva
Uma
felina... Com jeito de menina
Serpenteando
como quem fascina
Começamos
a delirar...
Silêncio!
Deixe
nosso corpo expressar...
Ah!
Rô
Lopes