Proeza        

A noite chega levando sonhos e ais

Envolta num véu sombrio

De ternura e engano

Onde sombras sobressaem

Com a luz da lua e das estrelas

Em filigranas de desejo e paixão.

Num choro incontido de angústia,

O consciente e o inconsciente acasalam

Saindo da dualidade das trevas

Fazendo a proeza de brotar a luz

Enredando o raiar do dia

Rô Lopes

A Lenda do Novo

A Lenda do Novo

Deita-se no horizonte

O tempo do próprio tempo

No túnel que se faz presente

No presente que se foi passado

Deita-se no horizonte

Os amores não vividos

Os sonhos esfacelados

Os conflitos mal resolvidos

Dos ventos ondulados

E no mesmo horizonte

A metamorfose acontece

Deita-se o tempo... Morremos

Timidamente

Surge o ano novo... Nascemos

De_novo...  Ressuscitamos

De esperanças mil

De sonhos antes engavetados

Amores mal resolvidos

Tristezas de tempos passados

Surge o novo

E tudo novo... Renovo

Rô Lopes 

Desvario

Desvario

Perdi anos dourados da vida

Sentada num canto

Em desencanto.

Com medo do próprio medo

Fiz nascer um muro...

Por detrás desse muro

Eu e eu comigo...

Roubando o que poderia viver

Por medo do futuro

Rô Lopes 

Sua Luz

(Para a linda princesa Rayssa, filha da designer Márcia Ramos)

Essa menina donzela

Contando os anos nos dedos

Querendo deixar a criancice

Iniciando alguns segredos

Olhos brilhando para vida

Com sonhos de gostosa esperra

Usando blush, gloss e batom

Iniciando nova primavera

E a vida esta a srris

Em ver o sorriso inocente

Daqueles que é luz para o dia

E nos faz seguir em frente

Uma vida de iluminada cor

Como flores no jardim

De um bailados multicor

Com perfume de jasmim

Rô Lopes 

Liberdade

Liberdade

Sinto-me liberta

Com o carinho dos respingos

Da chuva, que delicadamente

Acaricia meu corpo

Fazendo-me sentir leve

Das amarras do passado

Toques doces...

Levemente ritmado.

Rô Lopes 

Resquício de Você

Resquício de Você

Conheci você
Quando entristecido...
Decepcionado...
Por um falso amor ludibriado

Meu coração em festa
Sonhando em amar sem nunca ter amado

Foi entre confete... Serpentina
Folia... Beijo... Entrega... Euforia...
Fantasia... Abraços... Magia... Sedução...
Labaredas da alma em plena evolução

Tal como te conheci... Perdi

Foi-se o amor... Dissipou ilusão...
Sem alegoria... Triste emoção
Restando na alma...
Resquício de você

Saudade... Desalento...
Solidão

Rô Lopes.

As Araras e o Amor

As Araras e o Amor

Foram as araras azuis que me levaram a você

Araras do meu cerrado, araras do bem viver

Araras sempre em par

Desbravando meu sertão

Mostraram como amar

Mesmo numa imensidão

Araras azuis araras

Araras que me faz sonhar

No braço doce da brisa

Da imensidão do luar

Araras ternas lembranças

Do meu sertão de Goiás

Na rede que balançava

Entre suspiros e ais

Araras azuis... Ventania

Araras perfumadas em cor

Araras do meu sertão

Ensinando-nos o amor.

Rô Lopes